quinta-feira, junho 09, 2011

Eterno protetor


Essa é a única frase guardada na mente de uma garota sobre um certo garoto. Ela queria ter mais lembranças, porém ele foi embora cedo demais. Tão cedo que o adeus só pode ser dito anos depois. Ele faz falta, confessa. Não consegue entender porque juntou-se aos céus de maneira tão rápida. Era o seu primeiro amor, o primeiro amor para alguém que nem entendia o que era amor.

Às vezes, ela acha que ele é único, ou melhor, que ele seria o único, pois nenhum outro garoto quer tanto ficar ao lado dela como ele um dia quis. É difícil cogitar essa ideia, é doloroso pensar assim. É torturante imaginar que a vida tirou-lhe algo importante quando o importante nem era tão importante assim. Ela quer muito estar equivocada. Prefere acreditar nessa estranha mentira.

Toda a noite antes de dormir lembra-se dele. Raramente conversam, quando acontece, ela diz que sente sua falta, ela diz que queria ele aqui, diz ainda, que o ama mesmo sem nunca ter o amado realmente. Ela não teve esse tempo. O destino foi um pouco cruel com essa podre garota de coração despedaçado. Ela sorri. Ela ficará bem. Ela sempre fica.

A história desse casal de crianças perdeu-se no imenso livro da vida. Entretanto, continua como chama viva no ser vazio da menina-mulher que espera ansiosa pele reencontro com o tal garoto, mesmo que espere treze anos e outra vida.

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