quinta-feira, maio 26, 2011

goodbye

Se por acaso eu me perder não ouse me procurar, estarei perdida porque quero. Se um dia eu entristecer não ouse me alegrar, estarei triste por querer estar, e se por acaso eu desaparecer, não tente me encontrar, há tempos tentei me achar em você e a única coisa que consegui foi esquecer-me de mim.




terça-feira, maio 24, 2011

A Leiga

E como um leiga, a pobre garota acreditou que conhecia o mundo, achou que era forte o bastante, afirmou que era madura demais para sua pouca idade. Porém, a ingênua garota não sabia o que já lhe era pré-destinado.

Não sabia que apesar de sua dolorosa estrada, o destino ainda iria proporcionar mais algumas fraturas, feridas, quedas e tapas. Em pouco tempo, ela viu sua vida mudar. Percebeu que o mundo era desconhecido e sombrio. Descobriu que era muito frágil e que razão alguma poderia cicatrizar as feridas a céu aberto.

Notou que nenhum anti-inflamatório, nenhum analgésico conseguiria cessar a dor que sentia, pois, estava doendo em lugares que ela nem sabia que existia...

quinta-feira, maio 19, 2011

Esquizofrênica do amor


E com toda essa presença você continua ausente. O seu cheiro está no ar, porém, o teu perfume continua fora de meu alcance. Os beijos e abraços vivem na mente, no entanto, são apenas lembranças, lembranças dos bons momentos, dos risos e sorrisos. Já supliquei em lágrimas o teu regressar, implorei aos céus para o tempo voltar, jurei para sempre te amar, tatuei no corpo as palavras que sempre hei de lembrar, e prometi reviver cada momento, visitar cada lugar.

Antes de adormecer, meu desejo não ouso mudar, peço tanto a Deus para ao teu lado ficar, e na calada da noite não hesito em afirmar que ao teu lado é o meu lugar.


segunda-feira, maio 16, 2011

Sinais vitais do sofrimento

O coração fica pequeno em meio a minha enorme ausência de sentimentos. O bater desenfreado desse órgão involuntário confunde-se com a angustia que dar calafrios. Os ligeiros gritos de meu silêncio transformam toda paz em tormento e, com o corpo imóvel sinto que por dentro as coisas seguem aos batuques do descontentamento. Com o rosto sereno, disfarço dor adentro,tentando desviar à atenção de meu sofrimento.

Logo com o passar do tempo, fica difícil esconder o que está havendo. As pernas tremem em ritmo frenético, contradizendo-se com o cerrar de minhas mãos. O suou escorre pelo rosto, por fim, a pontada bem no meio do oco, fazendo acontecer o previsível, fazendo derramar-me as lágrimas de suplico.

quinta-feira, maio 12, 2011

Jogo de Azar

Brinquei de amor. Sempre conquistei, gostei, usei, seduzi e dispensei. Nada nunca aconteceu, porém, perdi as contas de quantos corações dilacerei. Era divertido toda aquela correria atrás de mim, sem contas as declarações inesperadas e em cima de cada suplico o meu ego crescia. Fiquei tão forte e tão fria... Vez por outra, apaixonava-me pela pobre vítima, mas, como toda paixão, ela vem como tempestade, derruba casas, destrói vilas e desaparece como uma leve ventania.

As coisas iam bem, até que um dia, algo jamais sentido bate na porta do meu coração. Acreditei que não passava de mais um pobre coitado, vítima de uma fortaleza impenetrável, no entanto, a tal pedra de gelo entrou em trabalho de fusão.

Lapidaram-me a frieza, roubaram minha ausência por sentimentos. Fiquei irreconhecível, um alguém tão sensível, que mesmo perante a mim foi difícil decifrar-me.

Com decorrer do tempo acabei me afastando da minha essência, conhecendo caminhos desconhecidos. Fui longe demais. Quebrei as regras do meu próprio jogo e agora eu podia sentir na pele o quanto era ruim, doloroso... Então, sem muita demora, veio um tal de "Game Over", e agora?

E agora eu fiquei assim, sozinha... Ao relento...

Provando do meu próprio veneno.

segunda-feira, maio 09, 2011

Roda Viva

Às vezes... Às vezes, o destino contradiz a gente. Leva para longe tudo o que se mais sonhou, afasta até mesmo um grande amor. Faz a gente sorrir em meio à dor. Destrói o que mais se quer, refaz o que não quer.

Brinca de mexer, mexer com o que não se pode ver... Mas, senti. Muda o presente, revive o passado, mata o futuro tão sonhado, e como sempre há de ser, o previsível em poucos segundos, caí no mar do que é imprevisível, e é assim, a roda viva, a grande roda viva da vida.